Histórico da Primeira Igreja Batista de Baixa Grande

A Primeira Igreja Batista de Baixa Grande foi oficialmente organizada no dia 23 de abril de 1950, em uma reunião solene realizada em seu templo sede, às 15h. Presidiu o concílio o Pastor Isaias Batista, tendo como secretário o Pastor Samuel Macedo. Na ocasião, foram recebidos 44 membros fundadores, provenientes da Igreja Batista de Rui Barbosa, igreja-mãe que promoveu a organização da nova congregação.

Entretanto, o trabalho evangelístico na região teve início ainda na década de 1940, por meio do irmão Albertino Borges. Durante uma viagem ao estado de Minas Gerais, Albertino ouviu, pela primeira vez, a mensagem do Evangelho da graça e, tocado por ela, entregou sua vida a Cristo Jesus. Desde então, tornou-se um fervoroso evangelista, comprometido com a pregação das Boas Novas de salvação.

De volta a Baixa Grande, o irmão Albertino iniciou um trabalho incansável de evangelização, tornando o Evangelho conhecido em toda a região. Juntamente com sua família — incluindo os irmãos Isaque e Edite Borges, entre outros — deu continuidade à missão evangelística, lançando as bases do que viria a ser a Primeira Igreja Batista da cidade.

Memórias e Fatos Marcantes

Entre as muitas histórias que compõem a trajetória da igreja, destaca-se a figura do irmão Albertino Borges. Mesmo com limitações físicas — era deficiente, um pouco manco e de baixa estatura — percorria toda a região montado em seu inseparável “cavalo russo”, anunciando com ousadia e fé a volta de Cristo, o Salvador.

Conta-se que, certa vez, enquanto seguia para evangelizar na Fazenda Seguro, ao passar pela então Rua do Adobo (atualmente, Rua Cosme de Farias), no cruzamento com o antigo caminho da Viração (hoje possivelmente a Rua José Cirilo dos Santos), encontrou-se com um marceneiro, que o saudou com humor:

— “Irmão Albertino, o senhor anda por toda parte anunciando o Evangelho montado nesse cavalo russo… esse cavalo, por acaso, já se converteu?”

Ao que Albertino respondeu com leveza e sabedoria:

— “Não, senhor Marceneiro. Este cavalo é desobediente como uma mula… continua incrédulo!”

Este pequeno episódio retrata não apenas o espírito simples e bem-humorado de Albertino, mas também sua perseverança inabalável na missão de levar Cristo a cada canto, mesmo diante de obstáculos.